" As vezes dá preguiça na areia movediça, quanto mais eu mexo mais afundo em mim, eu moro num cenário do lado imaginário eu entro e saio sempre quando tô a fim... ♫ "
terça-feira, 1 de março de 2011
Síndrome de Alice
Resolvi criar esse post á partir de uma comunidade que encontrei no orkut, e perceber claro, que eu tinha a tal Síndrome de Alice! Para muitos que me conhecem sabem que é um dos meus livros favoritos!Sim, e não me envergonho, pois um clássico é sempre um clássico. Tá, eu sei desnecessário dizer isso. Mas o fato é que, odeio essa gente que critica quem lê, e pior quem lê e ama livros como Alice, ou O pequeno Príncepe! Pelo menos lemos não é?Isso para mim é coisa de gente problemática, recalcada, que não teve ou não soube aproveitar a infância,.e a minha posso dizer de peito aberto e com gosto foi uma infância maravilhosa! Tive pais amorosos e presentes, que mais que o material me deram objetivos, educação, escolhas, e acima de tudo, amor e respeito.
Meu pai, sempre gostou muito de ler e escrever e desde bem pequena me incentivava e mostrava livros, os lia para mim quando eu ainda não sabia. O primeiro livro que li (não contando os livrinhos fininhos que líamos nas aulas literárias do primeiro ao quarto ano) sozinha e me marcou para sempre foi Alice no país das Maravilhas, foi o primeiro que escolhi na biblioteca pública da minha cidade quando aos 10 anos meu pai havia feito uma carteirinha só para mim. Um livro antigo e pesado, com gravuras que me despertavam a imaginação e os mais diversos sentidos, e a cada parágrafo eu me encantava mais. Ainda lembro o cheiro que o livro tinha...
Eu o li em 2 dias, e era o clássico mesmo, com a história completa, me apaixonei pela narrativa e o universo surreal do livro. Me identifiquei com Alice, a menina curiosa e determinada e por vezes insolente e sarcástica quando respondida com alguma idiotisse. Inconformada com a realidade em que vivia e sempre imaginando o mundo como queria e não com as regras monótonas e por vezes absurdas a qual somos obrigadas a suportar.
Meu pai teve que comprar-me o livro, tal foi meu deslumbramento! E queria porque queria igual ao que li. Claro, não foi possível pois o livro em questão era antigo e já estava em outra edição, mas consegui o clássico que queria, com a história tal como era, e não algumas das versões reduzidas que vemos por aí.
Talvez você aí também tenha a síndrome de Alice, acho mesmo que ela existe em todos nós, até mesmo para os que torcem o nariz para este clássico britânico de Lewis Carroll, imortal e atemporal desde seu nascimento em 1895.
Todo mundo em algum momento da vida sentiu-se perdido, vivendo em um mundo abstrato, imaginando que aquele não era seu lugar e desejando que a realidade fosse outra. Quem nunca se viu num beco sem saída, como se tivesse caindo num buraco sem fundo? Qual caminho seguir? Que atire a primeira xícara de chá quem nunca se sentiu assim na vida.Você não precisa ser criança para amar Alice nem tampouco um adulto infantilóide, basta ter amor e um pouco de fantasia no coração e nunca, jamais deixar morrer a eterna criança que existe em cada um nós!
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Na verdade, qualquer pessoa com um bom conhecimento nunca criticaria vc por ler livros como Alice e o Pequeno Príncipe, pois eles são livros de uma profundidade psicológica muito grande.
ResponderExcluirMas tem que ter olhos para ver, naturalmente.
É facilmente perceptível que todos aqueles diferentes personagens que Alice encontra são, em verdade, símbolos de conteúdos da personalidade dela.
O gato risonho, o chapeleiro louco, a lagarta, a rainha de copas... Todos eles, são conteúdos internos dela.
O fato dela cair em um poço (a interiorização), para após encontrá-los em um novo mundo (o inconsciente).
É muito rico e complexo, vale uma análise cuidadosa.
Um beijo.